Qualquer desalinhamento nos olhos é considerado estrabismo, um problema que vai muito além da estética. Pouca gente sabe que o mal acomete 4% da população, causando não só problemas de visão, mas também de autoestima, e, nos casos mais graves, até mesmo de exclusão social. No entanto, a notícia é boa para quem plano de saúde: as operadoras cobrem a cirurgia de estrabismo.
Um dos grandes problemas do estrabismo é o comprometimento irreversível da visão, por isso a recomendação é que os pais mantenham consultas de rotina com o oftalmologista do plano de saúde infantil. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de reverter o quadro.
Saiba o que é estrabismo e como fazer a cirurgia pelo plano de saúde!
Plano de saúde tem que cobrir cirurgia de estrabismo
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) garante a cobertura da cirurgia de estrabismo vertical e horizontal, desde que o procedimento seja indicado pelo oftalmologista do plano de saúde como tratamento de saúde.
Isso acontece porque, na verdade, há várias outras formas de tratamento do estrabismo, como tampão ocular, óculos de correção e exercícios para os músculos oculares. O método de tratamento utilizado depende da avaliação do especialista em relação ao grau e ao tipo do problema.
Uma vez determinada a necessidade cirurgia de estrabismo, no entanto, a operadora não pode negar a cobertura. Se isso acontecer o beneficiário deve entrar na Justiça para fazer valer os seus direitos.
O que é estrabismo?
O estrabismo, também conhecido como vesgueira, é um problema gerado por um desequilíbrio da musculatura ocular, que impede que os olhos fiquem paralelos.
Há vários tipos de estrabismo: desvios verticais (para cima e para baixo), convergentes (para dentro) e divergentes (para fora), permanentes ou intermitentes.
As causas também são variadas. O estrabismo pode ser congênito, ou seja, ocorrer desde o nascimento, ou ser adquirido, ocorrendo em qualquer momento da vida, independentemente da idade.
Nesse caso, algumas das causas mais comuns são diabetes, traumatismo craniano, baixa visão, alto grau de hipermetropia ou hipertireoidismo, por exemplo.
Por isso, mais do que uma interferência na aparência, o estrabismo é considerado um problema de saúde. Algumas das consequências podem ser visão dupla, falta de visão tridimensional (falta de profundidade) e diminuição da visão.
No entanto, há casos em que o tratamento do estrabismo deve ser multidisciplinar, porque a condição também gerar problemas emocionais e psicológicos. Depressão, fobia social e ansiedade são alguns dos mais comuns.
Quando a cirurgia de estrabismo é indicada
Para haver a cobertura da operadora, é preciso que a cirurgia de estrabismo seja indicada por um médico, mesmo que ele não seja credenciado pelo plano de saúde do beneficiário.
O procedimento é indicado para os casos em que os óculos com prismas não conseguem corrigir ou como complementação ao tratamento com os óculos.
Geralmente o estrabismo que pode ser corrigido com óculos são os relacionados à necessidade de correção do grau de hipermetropia. Quando os desvios são pequenos, latentes ou intermitentes, os exercícios podem dar resultado, agindo como uma fisioterapia ocular.
Já quando o estrabismo é causado por paralisia muscular ou quando o paciente tem alguma contra-indicação à cirurgia o tratamento pode ser feito com injeção de toxina botulínica no músculo extraocular.
Nos demais casos, no entanto, geralmente a recomendação é de intervenção cirúrgica.
Entenda como é feita a cirurgia
Cada um dos olhos tem seis músculos muito fortes que controlam seus movimentos. No entanto os olhos podem ficar desalinhados se o músculo for forte demais ou estiver enfraquecido devido a algum problema, como uma disfunção do nervo cranial.
A cirurgia é feita de modo a enfraquecer ou fortalecer os músculos extraoculares, promovendo o realinhamento com a maior simetria possível.
A anestesia pode ser local ou geral, dependendo de cada caso, e a recuperação costuma ser rápida, em torno de uma semana.
É sempre bom deixar claro, no entanto, que a cirurgia de estrabismo também tem seus riscos.
Apesar de ser um procedimento considerado seguro, é possível haver hipocorreção ou hipercorreção do problema, além de pequenos riscos de sangramento, infecção e/ou cicatrização excessiva.
Já complicações que possam conduzir à perda de visão são extremamente raras.
Se você ou alguém da sua família sofre com estrabismo, vá logo ao oftalmologista do plano de saúde e procure o melhor tratamento.
No entanto, se você ainda não tem um plano de saúde, não perca a oportunidade de resolver o seu problema.Faça uma cotação personalizada totalmente sem compromisso e descubra o plano de saúde perfeito para as suas necessidades!